quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Os Demônios da Garoa "Esses Divinos"


O grupo foi formado em São Paulo contando com as participações de Francisco Paulo Gato, nascido em São Paulo, em 1933, no tantã; Artur Bernardo, nascido em São Paulo, em 1929 e falecido na mesma cidade em 25/2/1990, no violão; Arnaldo Rosa, nascido em São Paulo, em 1928 e morto também em São Paulo, em 11/2/2000, vocal e ritmo; Antônio Gomes Neto, o Toninho, nascido na cidade de Jaú, SP, em 1928, e falecido em São Paulo em 27/2/2005, violão tenor e Cláudio Rosa, natural de São Paulo, tendo nascido em 1933, pandeiro.

O grupo tornou-se um dos mais famosos grupos vocais e instrumentais da história da música popular brasileira. Sua atuação ficou marcada pelas interpretações originais das músicas de Adoniran Barbosa, com um sotaque tipicamente paulistano. Foi organizado no início da década de 1940, na capital paulista. Começou com o nome de Grupo do Luar, tocando em festas, serenatas e encontros familiares, principalmente no bairro paulistano da Mooca. Em 1943, venceu um concurso de calouros na Rádio Bandeirantes, recebendo, como prêmio, um contrato com as Emissoras Unidas (Bandeirantes, Pan-americana, Record e São Paulo). Foi nessa ocasião que o radialista Fernando Leporace sugeriu que o grupo se chamasse Demônios da Garoa, numa homenagem à capital paulista, cujo clima, propenso a chuvas finas, lhe conferiu o título de Terra da Garoa.

Em 1950, o grupo foi contratado pelo selo Elite Specil e gravaram dois discos. O primeiro com o baião "Não tenho pressa", de Mário Vieira e Juraci Rago, e. o jongo "Nega benzedeira", de José Assad "Beduíno". No segundo disco, registraram o balanceio "Siri malvado", de Jair Gonçalves, e o maracatu "Rio Verde", de Antônio Diogo e Juraci Rago. Em 1951, ganharam notoriedade ao se consagrarem campeões do carnaval paulista com o samba "Malvina", de Adoniran Barbosa. Nesse ano, gravaram com a cantora Neide Fraga a marcha "Quando chega o Natal", de Sereno. Ainda no mesmo ano lançaram o samba "Tenho razão para chorar", de José Roy, Gentil Castro e Clóvis Mamede, e as marchas "Pobre colombina", de Maugéri Neto, Maugéri Sobrinho e Clóvis Mamede; "Guaratinguetá", de Avaré e Luiz Soberano e "Dança da cabra", de Juraci Rago e Antônio Diogo, além do baião "Remador", de Hélio Sindô e Osvaldo da Silva Melo e o choro "Cidade do barulho", de Sereno. Em 1952, gravaram o samba "Que mal eu fiz", de Mário Sena e a toada "No rancho da saudade", de Maugéri Neto e Maugéri Sobrinho. Nesse ano, voltaram a encontrar o compositor Adoniran Barbosa, de quem lançaram no ano seguinte o samba "Joga a chave", de Adoniran Barbosa e Osvaldo França, com o qual venceram o carnaval paulista de 1952. Nesse ano, gravaram o tema "Mulher rendeira", para a trilha do filme de Lima Barreto, "O cangaceiro".

Ainda em 1953, foram contratados pela Odeon e lançaram com Homero Marques o baião "Mulhé rendeira", de motivo popular, e sozinhos, o samba "Pai Tomás", de Antônio Diogo e Jorge Rago. Nessa época, já haviam adotado o sotaque popular, com erros gramaticais e expressões divertidas, que se adaptaram fortemente às músicas de Adoniran Barbosa. A inspiração veio do estilo de falar dos engraxates da Praça da Sé. Expressões características como "quais, quais, quais", "caliscuscais", entre tantas outras, colocadas em meio às interpretações, deram ao grupo uma identidade inconfundível, que acabou dando fama ao chamado "samba paulista", que conquistou expressão e sucesso nacional.

Em 1954, lançaram dois de seus grandes sucessos: "Saudosa maloca", de Adoniran Barbosa e "Samba do Arnesto", Adoniran Barbosa e Alocin, que foram cantados no programa de Manuel de Nóbrega na Rádio Nacional de São Paulo e gravados no ano seguinte. Ainda em 1955, gravaram outro samba de Adoniran Barbosa que obteve bastante sucesso, "As mariposas". Em 1956, mais um sucesso com uma composição de Adoniran Barbosa, o samba "Iracema". Também nesse ano, gravaram os sambas "Apaga o fogo Mané", de Adoniran Barbosa e "Quem bate sou eu", de Adoniran Barbosa e Artur Bernardo. Em 1957, lançaram o samba "A lei di inquilinato", de Lino Tedesco e a valsa "Antônio Santo", de Aloísio Gomes e Hélio de Alencar. Ainda nesse ano, lançaram o primeiro LP "Saudosa maloca com Os Demônios da Garoa nos sambas de Adoniran Barbosa", no qual interpretaram oito composições de Adoniran Barbosa, "Saudosa maloca"; "Apaga o fogo, mané"; "Iracema"; "Um samba no Bixiga"; "O samba do Arnesto", com Alocin; "Quem bate sou eu"; "As mariposas" e "Progréssio (Conselho de mulher)", com Oswaldo Moles e J.Belarmino dos Santos.

Em 1958, lançaram a valsa "O parque chegou", de Lino Tedesco e Lis Monteiro; as marchas "Harém do Maomé", de Arnaldo Rosa e Lino Tedesco e, "Mata-borrão", de José Saccomani e Benedito Lobo; a canção "Presente de Páscoa", de Lino Tedesco, e os sambas "Promessa do Jacó", de Américo de Campos e "Bem feito", de Sereno. Gravaram ainda mais dois sambas de Adoniran Barbosa: "Abrigo de vagabundos" e "Pafunça", este último de Adoniran Barbosa e Osvaldo Moles. Também no mesmo ano, o grupo participou do filme "Vou te contá", de Alfredo Palácios. Em 1959, gravaram os sambas "No morro da Casa Verde", de Adoniran Barbosa e "Abaixo assinado", de Elzo Augusto. Nesse ano, atuaram no filme "Dorinha no society", de Geraldo Vietri.

Em 1960, gravaram os sambas "Tu te dá má", da dupla Venâncio e Corumba e "Já tem dono", de Dênis Brean e Osvaldo Guilherme. No ano seguinte, registraramo samba "Não emplaca 61", de Monsueto Menezes e Ari Monteiro e a marcha "Não chore pierrô", de Alfredo Borba e Paulo Bergamasco. Ainda nesse ano, lançaram o LP "Buen viaje con lo mejor del Brasil", pela Musicol. Também em 1961, lançaram outro LP que levava o nome do grupo e no qual interpretaram, entre outras, "Um copo... uma garrafa... um pente", de Arthur Bernardo; "Olha o gato", de Lauro Maia; "Ponto de interrogação", de Marino Pinto e Cyro de Souza; "A voz do morro", de Zé Keti; "Tu te da ma", de Venâncio e Corumba; "Eu quero um samba", de Janet de Almeida e Haroldo Barbosa; "Já tem dono", de Osvaldo Guilherme e Denis Brean e "Não bobeia Kalamazu", de Nilo Silva e Caco Velho. Em 1962, o grupo passou por uma primeira alteração, com a saída de Francisco Paulo Gato, substituído no tantã por Roberto Barbosa, nascido no Espírito Santo do Pinhal, SP, em 1938.

Gravaram pela Philips em 1963 os sambas "Vou caminhando", de Bransini, Înigo e Arnaldo Rosa e "Ao nascer do sol...", de Carlos Rigual, Mário Rigual e S. Moraes. Em 1964, veio o sucesso definitivo do grupo, com a antológica "Trem das onze", de Adoniran Barbosa, vencedora do I Prêmio de Músicas Carnavalescas do IV Centenário do Rio de Janeiro. No ano 2000, em pesquisa feita pela TV Globo, a música foi incluída entre os 10 maiores sucessos da música popular de todos os tempos. A música também foi incluída no disco em comemoração ao IV Centenário, lançado pela Chantecler. Em 1965, o grupo passou por nova alteração com a entrada de Ventura Ramirez, nas cido em Mombuca, SP, em 1939, no lugar de Artur Bernardo, no violão. Em 1968, gravaram o LP "Leva este", pela Chantecler e, em 1969, o LP "Doido varrido", além de participar do LP "Os grandes conjuntos vocais brasileiros" da Continental.

Em 1971, o grupo lançou dois LPs pela Chantecler, no primeiro "Aguenta a mão , João", interpretaram, entre outras, a música título de Hervé Cordovil e Adoniran Barbosa; "Sabe", de D.Mendonça, Celso Teixeira e Dora Lopes; "Samba do João sem nome", de Ernesto de Vasconcellos Aun e Antônio de Franco Neto; "Ah! Se soubesses", de Oswaldo Guilherme e Denis Brean; "Tocar na banda", de Adoniran Barbosa; "Chora na banda", de Oswaldo Molles e Adoniran Barbosa; "Guadalajara", de Murillo Caldas e "Praia de Iracema", de Ravel e Dom. No segundo LP "Sai de mim, saudade", música título de Geraldo Nunes e Victor, e que teve como sucessos os samas " Isto é São Paulo", de Kázinho; "Maloca dos meus amores", de Canarinho; "Quatro velas", de Ubaldo Silva e Sereno e "Aquarela amazônica", de Belmiro Barrela, além de "Não faço fé contigo", de J.B. da Silva, o "Sinhô".

Em 1974, gravaram o LP "Torre de Babel", no qual interpretaram sambas como "Trem de ferro", de Lauro Maia; "Morro de Santa Tereza", de Herivelto Martins; "Boneca de pano", de Assis Valente; "Galho de arruda", de Claudionor Cruz; "É com esse que eu vou", de Pedro Caetano; "Mangueira", de Zequinha Reis e Assis Valente; "Torre de Babel", de Roberto Barbosa e "Cidade do barulho", de Homero Nicolino e Sereno. Nesse ano, gravaram também o LP ", "Demônios da Garoa interpretam Adoniran Barbosa", no qual homenagearam o compositor paulista. Em 1975, lançaram o LP "Samba do Metrô", cuja música título "Uma simples margarida [Samba do Metrô]", era de autoria de Adoniran Barbosa e que tinha ainda, entre outros, os sambas " Pandeiro de prata" e "Eu não vou", de Tulio Piva; "Véspera de natal", de Adoniran Barbosa; "Asa negra", de Hélio Sindô e Adoniran Barbosa; "O trem atrasou", de Paquito, Artur Vilarinho e Estanislau Silva; "O morro", de Antônio Bruno e Lúcio Cardim, além da canção "Coração materno", de Vicente Celestino.

Em 1976, transferiram-se para o selo Alvorada e lançaram o LP "É com esse que eu vou", com sucessos como "Samba do metrô (Uma simples margarida)", de Adoniran Barbosa; "A maior Maria", de Waldemar Ressurreição e Gerôncio Cardoso; "Vila Esperança", de Marcos César e Adoniran Barbosa; "Samba do crioulo doido", de Sergio Porto; "Não me diga adeus", de Luiz Soberano, Paquito e João Correia da Silva; "Helena, Helena", de Secundino e Antônio de Almeida; "Preta pretinha", de Galvão e Moraes Moreira; "É com esse que eu vou", de Pedro Caetano; "Onde estão os tamborins (Mangueira)", de Pedro Caetano; "Emília", de Haroldo Lobo e Wilson Batista e "Praça Onze", de Grande Otelo e Herivelto Martins. Em 1977, lançaram também pelo selo Alvorada o LP "34 anos de música brasileira", no qual interpretaram, entre outros, os sambas "Guerra dos amores", "Foi só Deus querer" e "Samba genial", de Roberto Barbosa; "Tem que ser assim", de Cláudio Rosa e Arlindo Luiz da Silva e "Último trem", de Cláudio Rosa e Itamar Aguiar.

Em 1981, lançaram pela Continental o LP "O samba continua", no qual interpretaram clássicos como "Saudosa maloca"; " Iracema"; "Pogressio"; "Trem das onze"; "As mariposas"; "No morro da casa verde" e "Samba italiano", de Adoniran Barbosa; "Samba do Arnesto", de Alocin e Adoniran Barbosa, e "Lenço na molêra", de Elzo Augusto, além de "Vai no Bexiga pra ver", de Geraldo Filme; "Copo d'água", de Arnaldo Rosa e "Ói nóis aqui tra veis", de Joseval Peixoto e Geraldo Blota. Nesse ano, Oswaldo Barro, Oswaldinho da Cuíca, nascido em São Paulo, em 1940 substituiu Cláudio Rosa, na cuíca. Em 1982, regravaram o LP "Buen viaje con lo mejor del Brasil", agora pela Music Hall. Em 1984, Francisco Paulo Gato retornou ao grupo. Em 1987, Sérgio Rosa, nascido em São Paulo, em 1955, conhecido como Serginho, filho de Arnaldo Rosa, substituiu Francisco Paulo. Em 1988, Ivan Pires Augusto substituiu Ventura Ramirez, permanecendo no grupo durante seis anos. Em 1989, Sidney Cláudio Tomazzi, o Simbad, nascido em São Paulo, em 1951, substituiu Roberto Barbosa.

Em 1990, lançaram pela Copacabana o LP "Esses divinos Demônios da Garôa", que trazia entre outras, as músicas "Tiro ao Álvaro", de Oswaldo Moles e Adoniran Barbosa; "Quem cantar meu samba", de Frazão e O.Lacerda; "Marcha da espera", de Waldir Azevedo e Klécius Caldas; "Samba da criança", de Jorge Costa e Demosthenes Gonzales; "Amor de trapo e farrapo", de Paulo Vanzolini e "Anteninha", de Artur Andrade e Adauto Santos. Na edição de 1994 do "Guiness", foi apontado como o conjunto mais antigo ainda em atividade no mundo. Em 1994, gravaram um CD comemorativo pelos 50 anos de carreira, "Demônios da Garoa - 50 anos", pela Warner/Continental. Com esse CD, receberam o Prêmio Sharp de Música e uma homenagem da cidade de São Paulo, que instituiu a Semana Demônios da Garoa. Nesse LP, interpretaram músicas como "Poeta e cantor", de Fátima Leão; "Menina moça", de Fátima Leão e Dalvan; "O bigode do rapaz "Batucada", de Augusto Garcez e Roberto Martins; "Giuseppe é a crise", de Benito di Paula; "O meu jeito de amar", de Cézar e Fátima Leão e "Marcha de espera", de Waldir Azevedo e Klécius Caldas. Nesse ano, a formação do grupo contava com Arnaldo Rosa, afoxé; Serginho,pandeiro; Antônio Gomes Neto (Toninho), violão tenor; Ivan Pires, violão 7 cordas e Sidney Tomazzi, cavaquinho.

Em 1995, lançaram o primeiro CD do grupo, "Demônios da Garoa", pela Warner Music, no qual cantaram entre outras, as músicas "Vai coração", de Sarah Benchimol e Alceu Maia; "Tá delícia, tá gostoso", de Alceu Maia e Zé Catimba; Luz do teu olhar", de Oswaldinho da Cuíca e "Quais, quais, quais", de Maurinho da Mazzei e Oswaldinho da Cuíca. Em 1997, lançaram pela RGE o CD "55 anos de garoa", cantando " Dona da razão", de Julieta Facchini e Ventura Ramires; "Dasdô e o gato", de Aldir Blanc e Cristóvão Bastos; "Abrigo de vagabundo", de Adoniran Barbosa; "Meu jaçanã", de Tatão Sales e Oswaldinho da Cuíca; "Atire a primeira pedra", de Ataulfo Alves e Mário Lago; "Leva meu samba", de Ataulfo Alves; "Madrugada sem destino", de Tatão Sales e Oswaldinho da Cuíca; "Agora é cinza", de Bide e Marçal, e "Me leva", de Serginho Beaga e Toninho Geraes. Nesse ano, o grupo passou a ter sua última formação com a presença de Arnaldo Rosa, afoxé; Toninho, violão tenor; Ventura Ramirez, 7 cordas; Oswaldo Barro, cuíca; Serginho, pandeiro e Simbad, cavaquinho.

Em 2000, o crítico Ricardo Cravo Albin incluiu a gravação de "Saudosa maloca" na coletânea "As 100 músicas do século XX", série de seis CDs com o acervo da EMI-Odeon. Em 2001, gravaram o primeiro DVD da carreira juntamente com os grupos paulistas Premeditando o Breque e Lingua de Trapo em show na Via Funchal, também transformado em CD ao vivo.

Em 2002, o grupo lançou pelo selo Trama o CD "Mais Demônios do que nunca", interpretando "Fica mais um pouco amor", "Luz da Light", "Malvina", "Uma Simples Margarida ( Samba do Metrô )", "Samba Italiano" e "Apaga o fogo Mané", de Adoniran Barbosa; "Já Fui uma Brasa", de Marcos César e Adoniran Barbosa; "Joga a Chave", de Osvaldo França e Adoniran Barbosa; "Mulher, Patrão e Cachaça", de Oswaldo Moles e Adoniran Barbosa; "Tadinho do Home", de Roberto Barbosa e Adoniran Barbosa; "Conselho de Mulher", de J. Belarmino, Oswaldo Moles e Adoniran Barbosa e "Prova de Carinho", de Adoniran Barbosa e Hervê Cordovil.

Com diversas formações, os Demônios da Garoa gravaram ao longo da carreira mais de 30 discos em 78 rpm, dezenas de compactos, LPs e CDs, totalizando até o ano 2000 mais de 60 discos.

Em 2004, o produtor Ricardo Cravo Albin selecionou a gravação de "Trem das onze" para integrar a coletânea de 3 CDs do acervo da EMI-Odeon, sob o título geral de "Os pioneiros, os consolidadores e os herdeiros".


Discografia:
55 Anos de Garoa (1997)
Demônios da Garoa Hoje (1995)
50 Anos (1994)
Esses Divinos Demônios da Garoa (1990)
O Samba Continua (1980)
34 Anos de Música Brasileira (1977)
Samba do Metrô (1975)
Torre de Babel (1974)
Os Demônios da Garoa Interpretam Adoniran Barbosa (1974)
Abre a Gira (1973)
Eu Sou de Lá (1972)
Aguenta a Mão, João (1971)
Sai de Mim, Saudade (1971)
Doido Varrido (1969)
Ói Nóis Aqui Tra Veis (1969)
É de Samba Vol. 2 (1968)
É de Samba (1968)
Leva Este (1968)
Eu Vou Pro Samba (1965)
Trem das Onze (1965)
Mas Demônios Que Nunca (1962, Argentina)
Demônios em Sambas Infernais (1961)
Pafunça (1958)
Demônios da Garoa (1957)
Saudosa Maloca (1957)

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